domingo, 27 de dezembro de 2009

"MORRE UMA ILUSÃO"



Lidio Lima


Acho que deveria encarar de maneira positiva o que me aconteceu nesse fim de 2009, porque perder uma ilusão deveria nos deixar feliz, não? A não ser que você seja um relativista, para o qual realidade e ilusão são termos intercambiáveis, por nenhum dos dois existir objetivamente ou um idiota que prefere “viver” em meio a sonhos enquanto os ratos roem seus dedos. Quando se pode encarar a realidade, por mais desagradável que ela se ponha perante nossos olhos, se tem a possibilidade de lidar com a verdade, ao invés de continuar mergulhado em sonhos, que não levarão a nada, fora a mediocridade, o autismo auto infligido e por fim a autopiedade ao ver que nada se fez no decorrer de anos. Bom, acho que devo desde já desnudar a questão pela qual venho escrever esse texto, qual foi a ilusão da qual me desfiz, qual o véu deixou de cobrir meus olhos. Demorei três anos, mas acabei por ver o que já tinha “farejado” algumas vezes, mas a teimosia me impedia de aceitar. Descobri no que a universidade se tornou.
Mas antes de contar no que ela se tornou vou lhes dizer como era a minha ilusão. Eu tinha aquela visão romântica de que a universidade era um lugar de criação de conhecimento, de debate, de ciência, de lógica e de multiplicidade. Eu estava enganado.
Não sei se em alguma era, há muito perdida, a universidade foi o canteiro do conhecimento, de onde germinaram as mentes dos pensadores livres, dos grandes teóricos, filósofos e criadores, mas hoje o que se vê é só miséria, teórica e criativa. O ambiente acadêmico tornou-se o império da bajulação, do “Quem-Indique”, da dissimulação, do “li mil livros e não entendi nenhum”, do rir-se diante da realidade nefasta, do achismo e do palpite.
A universidade tornou-se uma ilha de teoria cercada de realidade por todos os lados. Seus habitantes, em sua maioria, temem se distanciar dela por muito tempo ou por longas distancias, pois podem ter seus pequenos navios de ilusão abalroados por algum corsário do objetivismo, lhes deixando em pedaços a boiar na vida real, que eles temem tanto.
Claro que faço uma generalização, visto que “nada seja tão ruim que não possa piorar”. É lógico que há lugares, dentro do ambiente acadêmico, em que ainda vive o espirito da universidade, lugares que ainda não se entregaram “a letra morta”. Porém sua quantia é tão ínfima, que se perdem em meio a essa multidão de nadas. São quase como ordens secretas do medievo, não apenas por seu numero reduzido e por sua procura de alguma verdade, mas também por serem, no mais das vezes, perseguidos.
De inicio é triste perder uma ilusão, matar um sonho é quase tão triste como ver morrer um amigo de longa data, no entanto ao notar que esse sonho nos desviava do caminho certo, da procura da verdade, começa-se a ver que deveríamos nos jubilar e não chorar pela morte dessa sombra da realidade. Ou a matamos e nos tornamos livres ou seremos meros sonhadores que seguem regras arbitrarias criadas por mentes tacanhas. Espero que nesse ano que se aproxima nos tornemos mais livres e possamos criar meios para que a universidade volte a ser o que um dia foi, o lugar em que a chama da verdade e da liberdade nunca se apaga.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

"PROGRAMA DE RÁDIO"

A partir de domingo(13/09/09)às 18:00 com o programa "Quebra-Cabeça" na Rádio Bacco.
http://baccoradio1.listen2myradio.com/

domingo, 30 de agosto de 2009

"FÉ CEGA, FACA AMOLADA"


Lidio Lima



Como observei em meu ultimo artigo o PT e os outros partido de esquerda, no Brasil, se tornaram muito mais semelhantes a religiões do que a partidos políticos, propriamente ditos. Georg Lukács, Antônio Gramsci e o pessoal da escola de Frankfurt devem estar rindo, no inferno, pelo que conseguiram fazer em terras tupiniquins. Só mesmo em um lugar onde as denominações proliferam tal qual pulgas, uma nova doutrina poderia se disseminar com tamanha rapidez e dominar as massas e a intelligentzia local, tão facilmente.
Entretanto, notei essa semana que a própria esquerda ultrapassou até mesmo isso. Não crer na esquerda, para seu adeptos, é com não crer em Deus durante a idade média. Não é mais a questão de não ser da mesma igreja ou denominação, mas sim de não crer no que fundamenta todas as idéias. E aquele que não crê no “deus vermelho” deve ser tratado como um “cão danado”, impedido de conviver com os “homens de bem”, crentes em deus.
O modo de pensar da esquerda se “entranhou” tanto no senso comum brasileiro que pensar diferente dele é um crime. Não ser clichê, senso comum ou piegas é um crime intelectual no meio acadêmico brasileiro hoje em dia. Ter a capacidade de pensar por si só e ler autores que fujam da lista de enganadores adorados pela esquerda é crime de lesa majestade no Brasil de nossos dias.
Eu mesmo fui testemunha de um “tribunal do santo oficio” da esquerda, que corrói as entranhas da universidade brasileira. O acusado estava em processo de condenação por adorar satã, também conhecido como capital e por não crer em deus, a esquerda, e seus santos. A prova de seus pecados era um texto no qual ele havia atacado um dos mártires de esquerda, São Paulo Freire e um dos dogmas mais clássicos da esquerda, que é: “Doutrinarás a todos que puderes, principalmente teus alunos e os curtos de inteligencia.”. Baseado nisso se iniciou o processo inquisitório.
A discussão que se seguiu foi um show proselitismo, corporativismo, patrulhamento ideológico e um “tantinho assim” de fascismo. Em resumo o que deveria impedir que uma pessoa desse aulas não seria, como pode pensar o leitor mais atento, sua incompetência, mas sim ela não pensar igual a maioria dos integrantes do grupo.
É triste quando onde as diferenças deveriam ser cultivadas, ou no minimo tolerados, se torna um local dominado por uma ideologia intolerante e sectária, e quem não segue sua “cartilha” acaba sendo “caçado”. Plagiando o título da musica, o que mais temos no meio acadêmico hoje em dia é “fé cega, faca amolada”

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"PT A RELIGIÃO DE MILHÕES"




Lidio Lima


Há algum tempo passado, eu me dedicava a religião comparada, discutia sobre religião com diversas pessoas, pela Internet ou pessoalmente. Com o passar do tempo cheguei a conclusão que a religião deve se restringir a esfera pessoal, não interferindo nos campos politico ou econômico. Para mim, ficara claro que era desnecessário discutir religião, desde que ela se restringisse ao seu lugar. Desde que ela não interferisse diretamente nos outros campos sociais, claro que indiretamente ela influi, na maioria das vezes bem mais do que devia.
No entanto, me percebi discutindo religião sem notar. Nesses últimos anos venho lendo e observando pessoas ligadas a diversas correntes politicas e ideológicas. Mas um subgrupo da esquerda sempre me chamou mais atenção, esse subgrupo é o PT.
O PT transcendeu totalmente o ideal de partido politico. Ele adentrou o campo religioso. Não é mais uma questão lógica “de ver para crer”, mas sim de uma questão religiosa de “crer para ver”.
Já observei vários exemplos disso. Havia uma professora, que dava aulas na escola em que completei meu ensino médio, que era uma dessas “crentes no(ou do)PT”, ela não acreditava em provas de que alguém do PT podia cometer crimes. Ela não acreditava em provas ela acreditava no PT. É um caso claro de fanatismo religioso. É como um criacionista que não acredita em foceis, em provas cientificas da evolução das espécies, mas acredita em um paraíso onde viviam Adão, Eva e uma cobra falante. Há inúmeros outros exemplos de pessoas que preferem não crer no fato, mas sim ter fé no PT, assim como há as que preferem crer na cobra falante ao invés de no evolucionismo. Também há as que preferem crer no prefeito de Rio Grande ou no Pedro Simon ao invés de ver os fatos.
Os beatos do PT tem todo uma indumentaria, um conjunto de termos e ritualísticas próprias, assim se diferindo de crentes de outras religiões e dos infiéis que não pertencem a nenhum religião. Os homens normalmente usam barba, provavelmente para ter um ar profético e também para os diferenciar dos burgueses escanhoados infiéis. As mulheres tendem a defender o PT acima de todas as coisas, até mesmo de suas famílias, e pôr seus filhos o quanto antes dentro do circulo religioso(vicioso).
Seu linguajar tem termos como “bem comum”, “igualdade social”, “democracia burguesa” e toda as variações do politicamente correto, no qual eu seria chamado de “verticalmente desprivilegiado” ao invés de baixinho. Também há termos, não tão bonitos, que são usados para atacar os infiéis. Termos como “reacionários”, “retrógrados”, “vendidos”, “colonizados” dentre outros.
Seus rituais são chamados de “piquetes”, “manifestações” e “invasões de terras improdutivas”. Claro que a definição de “terras improdutivas” é tão arbitraria quanto a definição de uma boa mulher, de um homem de bem nas outras religiões.
Se procurarmos mais a fundo veremos que o Marxismo é que é a grande religião. Mas seria uma especie de judaísmo, mais seleto e se vendo como o povo escolhido. O PT se compararia mais com a igreja católica, mais popular, e com muitas brigas internas. Os PC's do B, PSTU's, PCB's da vida ficam mais para essas igrejas protestantes que restringem a vida dos fiéis e os tornam uma mera extensão da própria igreja. Não que o PMDB não seja a “Universal” de muita gente, tendo uma “teologia de prosperidade” para que se associa ao “saco de gatos” que ele virou, mas é que esse fenômeno é muito mais comum na esquerda.
Como no passado a igreja teve seu braço armado, os Templários, e seus doutores, que desenvolveram a escolástica, elevando o nível da filosofia no Ocidente. Assim o PT tem seus Templários, o MST, e seus doutores, professores e alunos engajados e “patrulhadores”, em inúmeras universidades, mas trazendo quase nenhum desenvolvimento a cultura Ocidental.
Ao notar que quando discuto com petistas não estou discutindo politica, mas sim religião, resolvi não tratar mais do caso de maneria racional, visto que a religião escapa do campo da razão. Quando falo mal do Presidente Lula, para um petitas não estou falando mal de um homem de carne e osso, mas sim de um pregador, de um ungido de uma energia sobre natural, um escolhido dos céus para conduzir o Brasil, que em breve tornar-se-á um santo. Essa “aura” de santidade e a quase infalibilidade, que essas pessoas atribuem ao presidente e a seus “apóstolos” os impede de ver qualquer coisa que difira do que eles dizem. Em suma, a verdade é o que eles dizem! O universo não é real e objetivo, mas sim uma manifestação da vontade das lideranças do PT, ao menos para seus seguidores.
Assim como o destino manifesto era um ideário europeu que só foi posto em pratica nos Estados Unidos, assim também as idéias de Gramisc só foram postas em seus níveis mais altos e profundos na América Latina. Os partidos de esquerda adentraram o senso comum e tomaram o lugar das instituições que moviam esses países, sabidamente religiosos devido tradição de seus colonizadores.
Estou certo de que discutir com um petista é o mesmo que discutir com um evangélico. Falar mal da Dilma, para um petista, é como falar mal do Edir Macedo, para um evangélico. Por tanto decidi tratarei ambos da mesma forma, com descrença em suas palavras, pois não se baseiam em razão, mas sim em crença. Porém os petistas são bem amis perigosos que os outros “crentes”, pois possuem poder politico e muitas vezes econômico também.




terça-feira, 4 de agosto de 2009

"NÃO É PRECISO SER BADERNEIRO PARA PROTESTAR!"




Lidio Lima


Alguns amigos e conhecidos se disseram surpresos ao ler o que escrevi no blog do Felipe Nóbrega, o comentário foi ao seu texto sobre a denuncia do MP contra a prefeitura. Transcreverei o comentário, o comento vem logo em seguida:


“E agora José? Deve ser o que o pessoal dos Branco deve estar pensando, bomestaria se entendesse alguma coisa de poesia. Vamos trocar a frase por "Agoranós se fu!". Se bem que essa gente tem ligações no Piratini, na Câmara dosdeputados. E em tempos de Sarney "sai-não-sai" quem vai dar atenção para oencobrimento de roubalheira em uma cidadezinha no cu do mundo?(Perdão pelapalavra, não costumo usar a expressão "mundo".) Nós! Nós esteremos de olho! Essadenuncia do MP é o ponto de apoio arquimédico que nos foi dado para catapultar afamília Branco e sua camarilha da prefeitura e se possível da politica emRG. Eles tem muita gente, mas os poucos que estão do nosso lado tem bem mais qualidade! Nem que tenhamos que sair para rua para protestar(esperem fui eu quemdisse isso?), nós iremos! O que não podemos é deixar morrer essa brasa que podenos ajudar a incendiar essa gente! Acordei com síndrome deTorquemada(hehehe).”


O que surpreendeu a muitos foi o fato de eu cogitar sair as ruas em protesto(em negrito), com quem mais quisesse, contra a administração da prefeitura. Ficaram surpresos por não compreenderem algo muito simples, eu iria me manifestar em defesa de um direito meu e não em prol de um “bem comum” ou “do povo”.Creio que não seja em si uma simples incompreensão, mas sim a demonstração de um treinamento, ou adestramento, cultural. Os anos e anos em que todos estão habituados a ver todo o tipo de demagogo e bandoleiro sair as ruas, e os levar junto, erguendo a bandeira do “bem comum”. Eles, ainda, caem nessa!A questão principal é que sairia, e sairei se for necessário, as ruas para protestar em prol dos meus direitos e todos aqueles cidadãos que se sentem lesados, como eu, que venham agir em causa própria, como eu. Nunca sairei dizendo que estou na rua em prol do “fulano” ou do “ciclano” quando em verdade estou em defesa das minhas vontades e direitos. No entanto posso sair para defender o direito de outras pessoas, até o direito a coisas que não tem correlação comigo ou que eu não gosto, pois todos nós sabemos que quando um grupo tem seus direitos tolhidos logo isso se espalha.O “adestramento cultural” nos leva a crer, ao menos leva maioria, que qualquer um que cogite sair em protesto é de “esquerda” ou “revolucionário”, que pretende “defender o povo” e lutar pelos “nossos direitos”. Isso é uma tremenda bobagem. Quem sai as ruas é em defesa de seus interesses, mesmo que, como eu disse acima, não seja a situação um interesse seu , mas impedir que os indivíduos percam direitos é interesse de “todos”. Por tanto não estranhem que eu saia as ruas, brigando e xingando. Sempre será em proveito próprio, como já era de se esperar partindo de mim. Essa gente roubou a minha grana, mais a da minha mãe do que a minha, mas ainda assim é grana da família. Eu poderia ter gasto muito bem a grana do IPTU que essa gente enfiou no bolso. Porém jamais enganarei ninguém dizendo que “temos que sair as ruas para lutar pelos nosso direitos” e depois por no jornal que quem fez tudo fui eu e usar isso como trampolim politico, vocês sabem bem quem eu uso como exemplo.


"QUEM FUMA DEVE "LEVAR FUMO" DESSA VEZ?"


Lidio Lima



A câmara de vereadores de pelotas, na pessoa do vereador Ivan Duarte(PT), está tentando aprovar uma lei que proibe os cidadãos de fumar em locais fechados, sejam públicos ou privados. Me obriguei a escrever algo sobre o assuntos, visto que Rio Grande em matéria de importar lixo está cada vez mais se especializando. Está lei é mais um bom exemplo da esfera pública imergindo na privada. Os motivos pelos quais o “nobre edil” quer proibir que as pessoas tenham o direito de fumar, vicio nojento e idiota, são pessoais e frágeis. Diz ele: “Tenho três razões para a iniciativa: a morte estúpida do meu pai, por causa dessa droga; o nojo que tenho do gosto e do cheiro, e a série de movimentos contra o fumo mundo afora.”
Antes que afirmem que legislo em causa própria, afirmo que não fumo e detesto cigarro, porém como escreveu Thomas Paine: “Quem quer garantir a própria liberdade, deve preservar da opressão até o inimigo; pois, se fugir a esse dever, estará a estabelecer um precedente que até a ele próprio há-de atingir.” . Essa lei é sem propósito, tirânica e populista. Em tempos de “politicamente correto” qualquer dia arrotar vai “dar cadeia”.
Dentro de estabelecimentos públicos concordo que haja uma lei regulamentando onde pode-se ou não fumar, não abolindo esse direito do cidadão, que paga pela manutenção desses estabelecimentos. Ou fumante não paga impostos? Aliás paga mais do que a maioria, devido as leis de taxação dos cigarros feita, como uma espécie de lei antitabagista light, aprovadas pelo governo federal recentemente.
Quando entramos na esfera do privado as coisas mudam de figura. Por que o estado deve impedir que os frequentadores do meu estabelecimento, se eu tivesse um(hehehe), possam fumar se eu assim quiser, visto que o estabelecimento é meu? Se eu deixar que as pessoas fumem em todo o recinto ou em parte, os cliente que não fumam não gostarão disso e irão embora, logo eu perderei dinheiro. E quem gosta de perder dinheiro? Mas é um direito dos comerciantes perderem clientela se quiserem que seus clientes possam fumar. É algo que o próprio mercado é capaz de regular e não uma lei arbitraria criada por motivos pessoais e que só foi posta em ação por ter como exemplo outra lei arbitraria do governo de São Paulo.
Essa “moda” de tentar regular a vida dos indivíduos de uma sociedade tendo como base um “cidadão padrão”, não fumante, abstêmio, com educação e mentalidade mediana é um sinal claro de degeneração dos ideais de liberdade do individuo em nossa época. É um estupro dos direitos dos cidadãos, uma padronização que nos levará cada vez mais rápido para uma sociedade feita apenas de uma massa amorfa de pedantes janotas que mandam à forca quem der um peido em público.



sexta-feira, 31 de julho de 2009

"SERIA O FIM DE UMA ERA?"


É possível que baseado no relatório do Ministério Público(MP) esteja começando a derrocada dos "Tudor" riograndinos? Nosso Henrique VIII já morreu faz tempo, mas o seu Anglicanismo riograndino ou Branquismo, como queiram, continua ai. Tendo seus garotos iluminados e todos os tipos de milagres, como a multiplicação das dividas e o desaparecimento da receita, mas isso entra no campo do sobrenatural e não estamos aqui para debater isso.
É um pouco de ar para quem não aguentava mais respirar o ar viciado e fétido da politica proselitista de Rio Grande. Será que Roma cairá? Será que chegou a hora do grande julgamento? Não tenho certeza e temo que não.
Essas pessoas tem muito boas relações no Piratini e na Câmara dos Deputados. E em tempos em que o foco é Sarney ou gripe suína quem vai prestar atenção se uma roubalheira dessas for abafada? Quem vai reclamar dos panos quentes vindos de todos os cantos tentando livrar os rabos há muito presos?
Eu! Vou estar de olho e por sorte não só eu, inúmeros riograndinos de sacos prestes a explodir por não aguentar mais essa pouca vergonha estão de olho nessa questão. Venho a público pedir escusas aos jornais locais que poderiam ter se silenciado, mas que dessas vez, ao menos dessa vez, puseram a boca no trombone. Certo que era um trombone pocket, mas ainda assim um trombone.
Como comentei no blog do Felipe, esse pode ser nosso ponto de apoio arquimédico para por para fora essa cambada e a camarilha de subalternos que os cerca, que os sustenta a base de dinheiro e saliva. É triste termos que ficar nessa ansiedade de esperar os próximos capítulos dessa novela, que temo não terá final feliz. Espero que não tenha final semelhante ao da novela em que o vilão fugiu no final e deu uma "banana" para o país de dentro do avião, muito embora eu creia que vá se assemelhar muito a isso o final da nossa "o bem amado" versão papareia.
Nada pior do que se sentir de mãos atadas. E assim se sente grande parte da população riograndina diante das últimas administrações da prefeitura municipal. Todos sabemos o que ocorre por lá, as maracutaias, os desvios, a locupletação com o nosso dinheiro, mas nunca tivemos provas. Ao menos não provas tão cabais como essas e provindas de um orgão como o MP, que parece ter despertado de um sono de 16 anos! Antes tarde do que nunca, só espero que não volte a dormir tão cedo.
Algumas coisas são atemporais e para alguns se torna clichê cita-las, mas ainda assim quero citar Rui Barbosa, em 1914 ele deu um discurso no senado federal, no qual ele proferiu uma sentença que ficou famosa. Diante da situação atual da cidade, não só da cidade, ela nos mostra o estado no qual nos encontramos a nos em Rio Grande.

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."

Espero que as coisas comessem a mudar em RG, ao menos um pouco. Para que tenhamos um minimo de esperança dessa cidade prosperar.

"EU VOLTEI. VOLTEI PARA FICAR........."

A pedidos estarei novamente postando meus textos aqui no philos porque quilo, mas continuarei postando no contraponto, porém serão os mesmo textos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

COMUNICADO

Apartir de hoje estarei publicando meus textos no blog contraponto(o link se encontra no canto da tela) é um novo projeto em união com alguns amigos, espero que todos participem.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

“Sobre meninos e lobos”

“O veneno, assim como o fogo, é dado apenas aos adultos manipular. As crianças normalmente o temem, e com razão”
Essa foi minha resposta a um amigo que vem dizendo que estou “venenoso” demais em meus textos e comentários. Ele também disse que minha afirmação era clichê, não concordo. Mas mesmo que seja ainda assim gostei dela, e também tenho direito a ser clichê de vez em quando.
Creio que o problema na verdade não seja o meu excesso de veneno, mas sim a completa “anemia” e o tom ameno e conciliador da maioria das pessoas que costumamos ler. Meu amigo Fabiano, muito embora eu não costume concordar com suas idéias, quando ataca costuma expor todo seu “veneno”. Um apena que na maioria das vezes ele mais defenda do que ataque e se perca na divagação de textos gigantescos. Por outro lado meu amigo Diego, o oposto eqüidistante do Fabiano, mais ataca que defende, muito embora sempre defenda seus princípios, tem uma ótima capacidade de síntese em seus textos os quais são carregados do “veneno divino” do sarcasmo.
Quando tratamos de assuntos como os que são tratados em meu blog, e nos blogs dos colegas, o “veneno”, a malicia, e o tom irônico são o tempero indispensável para acriação da celeuma sobre o assunto, e para que a discussão não caia no nível de conversa “água morna” ou do “papo insosso” de senhoras de meia idade sobre a novela das 20:00.
Quem teme o veneno é porque teme morrer por causa dele. Um adulto sabe que só morrerá se bebê-lo. Já as crianças... Bom, que nos importam as crianças? Que aprendam a limpar a bunda antes de vir falar de venenos.

APÊNDICE:

Demorei um pouco a postar esse texto e nesse meio tempo em algumas conversas, inclusive com uma professora que participava do programa da rádio universitária “paralelo 30”, programa que participo como convidado às vezes, cheguei a mais uma conclusão, a de que esse medo do “veneno” é um pavor instintivo da discussão, do debate, da argumentação lógica.
Não somos ensinados a praticar tais atividades e somos “adestrados” a concordar. Concordar com a família, com os professores, com o estado, com a opinião pública, em suma concordar com qualquer um que saiba articular mais de duas frases sem gaguejar (sem demérito aos gagos). E qualquer um que se negue a concordar, seja por rebeldia adolescente, que logo acabará em apatia e na tendência a trabalhar como funcionário público, seja por uma maior sensibilidade interior ou por um espírito belicoso por natureza, que o levará a escrever pelo resto da vida sobre esses assuntos mesmo que nunca venha a ser lido ou levado a sério, é chamado de venenoso, maluco entre outras ofensas que vão da duvida da sanidade a duvida da sexualidade do escritor. Sobre as reações das pessoas quanto ao “veneno” uma boa citação seria a que passarei a lhes mostrar agora ela foi retirada do livro “o Imbecil Coletivo” de Olavo de Carvalho.

NOTA À SEGUNDA EDIÇÃO

Certas reações a este livro, ultrapassando a taxa de imbecilidade média prevista, tiraram do autor qualquer dúvida que ele porventura ainda tivesse quanto à credibilidade da tese aqui
defendida, segundo a qual alguma coisa nos cérebros dos nossos intelectuais não vai bem. Primeiro foi o Paulo Roberto Pires que, não gostando deste livro, inventou outro e escreveu sobre ele em O Globo, jurando que era este. Depois vieram André Luiz Barros, Gerd A. Bornheim, Muniz Sodré, Emir Sader e Leandro Konder, que, reunidos numa página do JB de 4 de setembro, nada dizendo do livro, emitiram estes pareceres a
respeito da pessoa do autor: Não é nem homem. É um bestalhão. Não vou servir de
degrau para uma pessoa dessas. É covarde. Se apóia no poder econômico. É direitista. Não tem nem diploma.
Diante de tais perdigotos, só resta ao acusado acrescentar à sua tese as letrinhas fatídicas:
C. Q. D.

Detalhes da demonstração o leitor poderá obter no suplemento que reúne nas páginas finais do presente volume as respostas do autor a essas e outras criaturas inquietas que, à simples
audição da palavra “imbecil”, logo saíram gritando: “É comigo!” e manifestando o desejo incontido de dar com a cara na mão do autor. O suplemento destina-se a pedir a essa parcela
do público que se acalme e aguarde na fila, pois, não havendo escassez de carapuças na praça, não há também motivo de afobamento.
OLAVO DE CARVALHO
O Ministério da Saúde adverte:
O Imbecil Coletivo faz mal aos imbecis individuais.