domingo, 30 de agosto de 2009

"FÉ CEGA, FACA AMOLADA"


Lidio Lima



Como observei em meu ultimo artigo o PT e os outros partido de esquerda, no Brasil, se tornaram muito mais semelhantes a religiões do que a partidos políticos, propriamente ditos. Georg Lukács, Antônio Gramsci e o pessoal da escola de Frankfurt devem estar rindo, no inferno, pelo que conseguiram fazer em terras tupiniquins. Só mesmo em um lugar onde as denominações proliferam tal qual pulgas, uma nova doutrina poderia se disseminar com tamanha rapidez e dominar as massas e a intelligentzia local, tão facilmente.
Entretanto, notei essa semana que a própria esquerda ultrapassou até mesmo isso. Não crer na esquerda, para seu adeptos, é com não crer em Deus durante a idade média. Não é mais a questão de não ser da mesma igreja ou denominação, mas sim de não crer no que fundamenta todas as idéias. E aquele que não crê no “deus vermelho” deve ser tratado como um “cão danado”, impedido de conviver com os “homens de bem”, crentes em deus.
O modo de pensar da esquerda se “entranhou” tanto no senso comum brasileiro que pensar diferente dele é um crime. Não ser clichê, senso comum ou piegas é um crime intelectual no meio acadêmico brasileiro hoje em dia. Ter a capacidade de pensar por si só e ler autores que fujam da lista de enganadores adorados pela esquerda é crime de lesa majestade no Brasil de nossos dias.
Eu mesmo fui testemunha de um “tribunal do santo oficio” da esquerda, que corrói as entranhas da universidade brasileira. O acusado estava em processo de condenação por adorar satã, também conhecido como capital e por não crer em deus, a esquerda, e seus santos. A prova de seus pecados era um texto no qual ele havia atacado um dos mártires de esquerda, São Paulo Freire e um dos dogmas mais clássicos da esquerda, que é: “Doutrinarás a todos que puderes, principalmente teus alunos e os curtos de inteligencia.”. Baseado nisso se iniciou o processo inquisitório.
A discussão que se seguiu foi um show proselitismo, corporativismo, patrulhamento ideológico e um “tantinho assim” de fascismo. Em resumo o que deveria impedir que uma pessoa desse aulas não seria, como pode pensar o leitor mais atento, sua incompetência, mas sim ela não pensar igual a maioria dos integrantes do grupo.
É triste quando onde as diferenças deveriam ser cultivadas, ou no minimo tolerados, se torna um local dominado por uma ideologia intolerante e sectária, e quem não segue sua “cartilha” acaba sendo “caçado”. Plagiando o título da musica, o que mais temos no meio acadêmico hoje em dia é “fé cega, faca amolada”

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"PT A RELIGIÃO DE MILHÕES"




Lidio Lima


Há algum tempo passado, eu me dedicava a religião comparada, discutia sobre religião com diversas pessoas, pela Internet ou pessoalmente. Com o passar do tempo cheguei a conclusão que a religião deve se restringir a esfera pessoal, não interferindo nos campos politico ou econômico. Para mim, ficara claro que era desnecessário discutir religião, desde que ela se restringisse ao seu lugar. Desde que ela não interferisse diretamente nos outros campos sociais, claro que indiretamente ela influi, na maioria das vezes bem mais do que devia.
No entanto, me percebi discutindo religião sem notar. Nesses últimos anos venho lendo e observando pessoas ligadas a diversas correntes politicas e ideológicas. Mas um subgrupo da esquerda sempre me chamou mais atenção, esse subgrupo é o PT.
O PT transcendeu totalmente o ideal de partido politico. Ele adentrou o campo religioso. Não é mais uma questão lógica “de ver para crer”, mas sim de uma questão religiosa de “crer para ver”.
Já observei vários exemplos disso. Havia uma professora, que dava aulas na escola em que completei meu ensino médio, que era uma dessas “crentes no(ou do)PT”, ela não acreditava em provas de que alguém do PT podia cometer crimes. Ela não acreditava em provas ela acreditava no PT. É um caso claro de fanatismo religioso. É como um criacionista que não acredita em foceis, em provas cientificas da evolução das espécies, mas acredita em um paraíso onde viviam Adão, Eva e uma cobra falante. Há inúmeros outros exemplos de pessoas que preferem não crer no fato, mas sim ter fé no PT, assim como há as que preferem crer na cobra falante ao invés de no evolucionismo. Também há as que preferem crer no prefeito de Rio Grande ou no Pedro Simon ao invés de ver os fatos.
Os beatos do PT tem todo uma indumentaria, um conjunto de termos e ritualísticas próprias, assim se diferindo de crentes de outras religiões e dos infiéis que não pertencem a nenhum religião. Os homens normalmente usam barba, provavelmente para ter um ar profético e também para os diferenciar dos burgueses escanhoados infiéis. As mulheres tendem a defender o PT acima de todas as coisas, até mesmo de suas famílias, e pôr seus filhos o quanto antes dentro do circulo religioso(vicioso).
Seu linguajar tem termos como “bem comum”, “igualdade social”, “democracia burguesa” e toda as variações do politicamente correto, no qual eu seria chamado de “verticalmente desprivilegiado” ao invés de baixinho. Também há termos, não tão bonitos, que são usados para atacar os infiéis. Termos como “reacionários”, “retrógrados”, “vendidos”, “colonizados” dentre outros.
Seus rituais são chamados de “piquetes”, “manifestações” e “invasões de terras improdutivas”. Claro que a definição de “terras improdutivas” é tão arbitraria quanto a definição de uma boa mulher, de um homem de bem nas outras religiões.
Se procurarmos mais a fundo veremos que o Marxismo é que é a grande religião. Mas seria uma especie de judaísmo, mais seleto e se vendo como o povo escolhido. O PT se compararia mais com a igreja católica, mais popular, e com muitas brigas internas. Os PC's do B, PSTU's, PCB's da vida ficam mais para essas igrejas protestantes que restringem a vida dos fiéis e os tornam uma mera extensão da própria igreja. Não que o PMDB não seja a “Universal” de muita gente, tendo uma “teologia de prosperidade” para que se associa ao “saco de gatos” que ele virou, mas é que esse fenômeno é muito mais comum na esquerda.
Como no passado a igreja teve seu braço armado, os Templários, e seus doutores, que desenvolveram a escolástica, elevando o nível da filosofia no Ocidente. Assim o PT tem seus Templários, o MST, e seus doutores, professores e alunos engajados e “patrulhadores”, em inúmeras universidades, mas trazendo quase nenhum desenvolvimento a cultura Ocidental.
Ao notar que quando discuto com petistas não estou discutindo politica, mas sim religião, resolvi não tratar mais do caso de maneria racional, visto que a religião escapa do campo da razão. Quando falo mal do Presidente Lula, para um petitas não estou falando mal de um homem de carne e osso, mas sim de um pregador, de um ungido de uma energia sobre natural, um escolhido dos céus para conduzir o Brasil, que em breve tornar-se-á um santo. Essa “aura” de santidade e a quase infalibilidade, que essas pessoas atribuem ao presidente e a seus “apóstolos” os impede de ver qualquer coisa que difira do que eles dizem. Em suma, a verdade é o que eles dizem! O universo não é real e objetivo, mas sim uma manifestação da vontade das lideranças do PT, ao menos para seus seguidores.
Assim como o destino manifesto era um ideário europeu que só foi posto em pratica nos Estados Unidos, assim também as idéias de Gramisc só foram postas em seus níveis mais altos e profundos na América Latina. Os partidos de esquerda adentraram o senso comum e tomaram o lugar das instituições que moviam esses países, sabidamente religiosos devido tradição de seus colonizadores.
Estou certo de que discutir com um petista é o mesmo que discutir com um evangélico. Falar mal da Dilma, para um petista, é como falar mal do Edir Macedo, para um evangélico. Por tanto decidi tratarei ambos da mesma forma, com descrença em suas palavras, pois não se baseiam em razão, mas sim em crença. Porém os petistas são bem amis perigosos que os outros “crentes”, pois possuem poder politico e muitas vezes econômico também.




terça-feira, 4 de agosto de 2009

"NÃO É PRECISO SER BADERNEIRO PARA PROTESTAR!"




Lidio Lima


Alguns amigos e conhecidos se disseram surpresos ao ler o que escrevi no blog do Felipe Nóbrega, o comentário foi ao seu texto sobre a denuncia do MP contra a prefeitura. Transcreverei o comentário, o comento vem logo em seguida:


“E agora José? Deve ser o que o pessoal dos Branco deve estar pensando, bomestaria se entendesse alguma coisa de poesia. Vamos trocar a frase por "Agoranós se fu!". Se bem que essa gente tem ligações no Piratini, na Câmara dosdeputados. E em tempos de Sarney "sai-não-sai" quem vai dar atenção para oencobrimento de roubalheira em uma cidadezinha no cu do mundo?(Perdão pelapalavra, não costumo usar a expressão "mundo".) Nós! Nós esteremos de olho! Essadenuncia do MP é o ponto de apoio arquimédico que nos foi dado para catapultar afamília Branco e sua camarilha da prefeitura e se possível da politica emRG. Eles tem muita gente, mas os poucos que estão do nosso lado tem bem mais qualidade! Nem que tenhamos que sair para rua para protestar(esperem fui eu quemdisse isso?), nós iremos! O que não podemos é deixar morrer essa brasa que podenos ajudar a incendiar essa gente! Acordei com síndrome deTorquemada(hehehe).”


O que surpreendeu a muitos foi o fato de eu cogitar sair as ruas em protesto(em negrito), com quem mais quisesse, contra a administração da prefeitura. Ficaram surpresos por não compreenderem algo muito simples, eu iria me manifestar em defesa de um direito meu e não em prol de um “bem comum” ou “do povo”.Creio que não seja em si uma simples incompreensão, mas sim a demonstração de um treinamento, ou adestramento, cultural. Os anos e anos em que todos estão habituados a ver todo o tipo de demagogo e bandoleiro sair as ruas, e os levar junto, erguendo a bandeira do “bem comum”. Eles, ainda, caem nessa!A questão principal é que sairia, e sairei se for necessário, as ruas para protestar em prol dos meus direitos e todos aqueles cidadãos que se sentem lesados, como eu, que venham agir em causa própria, como eu. Nunca sairei dizendo que estou na rua em prol do “fulano” ou do “ciclano” quando em verdade estou em defesa das minhas vontades e direitos. No entanto posso sair para defender o direito de outras pessoas, até o direito a coisas que não tem correlação comigo ou que eu não gosto, pois todos nós sabemos que quando um grupo tem seus direitos tolhidos logo isso se espalha.O “adestramento cultural” nos leva a crer, ao menos leva maioria, que qualquer um que cogite sair em protesto é de “esquerda” ou “revolucionário”, que pretende “defender o povo” e lutar pelos “nossos direitos”. Isso é uma tremenda bobagem. Quem sai as ruas é em defesa de seus interesses, mesmo que, como eu disse acima, não seja a situação um interesse seu , mas impedir que os indivíduos percam direitos é interesse de “todos”. Por tanto não estranhem que eu saia as ruas, brigando e xingando. Sempre será em proveito próprio, como já era de se esperar partindo de mim. Essa gente roubou a minha grana, mais a da minha mãe do que a minha, mas ainda assim é grana da família. Eu poderia ter gasto muito bem a grana do IPTU que essa gente enfiou no bolso. Porém jamais enganarei ninguém dizendo que “temos que sair as ruas para lutar pelos nosso direitos” e depois por no jornal que quem fez tudo fui eu e usar isso como trampolim politico, vocês sabem bem quem eu uso como exemplo.


"QUEM FUMA DEVE "LEVAR FUMO" DESSA VEZ?"


Lidio Lima



A câmara de vereadores de pelotas, na pessoa do vereador Ivan Duarte(PT), está tentando aprovar uma lei que proibe os cidadãos de fumar em locais fechados, sejam públicos ou privados. Me obriguei a escrever algo sobre o assuntos, visto que Rio Grande em matéria de importar lixo está cada vez mais se especializando. Está lei é mais um bom exemplo da esfera pública imergindo na privada. Os motivos pelos quais o “nobre edil” quer proibir que as pessoas tenham o direito de fumar, vicio nojento e idiota, são pessoais e frágeis. Diz ele: “Tenho três razões para a iniciativa: a morte estúpida do meu pai, por causa dessa droga; o nojo que tenho do gosto e do cheiro, e a série de movimentos contra o fumo mundo afora.”
Antes que afirmem que legislo em causa própria, afirmo que não fumo e detesto cigarro, porém como escreveu Thomas Paine: “Quem quer garantir a própria liberdade, deve preservar da opressão até o inimigo; pois, se fugir a esse dever, estará a estabelecer um precedente que até a ele próprio há-de atingir.” . Essa lei é sem propósito, tirânica e populista. Em tempos de “politicamente correto” qualquer dia arrotar vai “dar cadeia”.
Dentro de estabelecimentos públicos concordo que haja uma lei regulamentando onde pode-se ou não fumar, não abolindo esse direito do cidadão, que paga pela manutenção desses estabelecimentos. Ou fumante não paga impostos? Aliás paga mais do que a maioria, devido as leis de taxação dos cigarros feita, como uma espécie de lei antitabagista light, aprovadas pelo governo federal recentemente.
Quando entramos na esfera do privado as coisas mudam de figura. Por que o estado deve impedir que os frequentadores do meu estabelecimento, se eu tivesse um(hehehe), possam fumar se eu assim quiser, visto que o estabelecimento é meu? Se eu deixar que as pessoas fumem em todo o recinto ou em parte, os cliente que não fumam não gostarão disso e irão embora, logo eu perderei dinheiro. E quem gosta de perder dinheiro? Mas é um direito dos comerciantes perderem clientela se quiserem que seus clientes possam fumar. É algo que o próprio mercado é capaz de regular e não uma lei arbitraria criada por motivos pessoais e que só foi posta em ação por ter como exemplo outra lei arbitraria do governo de São Paulo.
Essa “moda” de tentar regular a vida dos indivíduos de uma sociedade tendo como base um “cidadão padrão”, não fumante, abstêmio, com educação e mentalidade mediana é um sinal claro de degeneração dos ideais de liberdade do individuo em nossa época. É um estupro dos direitos dos cidadãos, uma padronização que nos levará cada vez mais rápido para uma sociedade feita apenas de uma massa amorfa de pedantes janotas que mandam à forca quem der um peido em público.